Estamos
preparads agora a descobrir pelas Escrituras o modo do ser de
Deus.
I. A NATUREZA DE DEUS
Duas
expressões bastarão para indicarem a natureza de
Deus.
1.
DEUS É UM ESPÍRITO.
Temos
estas palavras exatas da boca de Jesus em João 4:24. Este estatuído significa
que Deus é puro, inteiro e unicamente um espírito. Um espírito pode habitar um
corpo, mas um espírito puro não tem e não habita um corpo; pois Jesus disse
outra vez depois da ressurreição: "Um espírito não tem carne e ossos como
vós vedes que eu tenho" (Lucas 24:39). Conseqüentemente, nunca se diz de o
homem ser um espírito enquanto habita o corpo. Diz-se que ele possui um
espírito, mas, quando sua natureza mista se descreve, diz-se ser ele uma
"alma vivente" (Gênesis 2:7; 1 Coríntios 15:45) antes que um
espírito.
Também sabemos que Deus é um espírito puro, não
possuindo ou habitando um corpo, por causa da Sua invisibilidade (Colossenses
1:15; 1 Timóteo 1:17; Hebreus 11:27) e por causa de Sua
onipresença.
Isto
nos traz a considerarmos aquelas passagens da Escritura que atribuem a Deus
partescorporais tais
como olhos e ouvidos, mãos e pés. Em vista do que já se disse, claro é que
estas passagens se tomem num sentido figurado e simbólico. Semelhantes
representações são conhecidas teologicamente como
antropomorfismos.
Robert Young, autor de "Analytical Concordance
to the Biblie", diz: "Sentimentos, ações e partes humanas se atribuem
a Deus, não que elas estejam realmente n?Ele, mas porque tais efeitos procedem
d?Ele como iguais àqueles que fluem de tais coisas nos homens".
Doutro lado, há outras passagens que são explicadas
por A. H. Strong como segue: "Quando de Deus se diz como aparecendo aos
patriarcas e andando com eles, as passagens são para ser explicadas como se
referindo a manifestações temporárias dEle mesmo em forma
humana, manifestações que prefiguram o tabernáculo final do Filho de Deus em
carne humana" (Systematic Theology, pág.
120).
A personalidade de
Deus está envolvida na Sua espiritualidade e portanto não é tratada como uma
característica separada.
2. DEUS É
UM.
Por
este estatuído pensamos afirmar Sua unidade em toda a plenitude desse termo. Queremos dizer
que há um só Deus e também queremos dizer que a Sua essência é homogênea,
individida e indivisível.
Que
há um só Deus, está ensinado em Deuteronômio 6:4; Isaías 44:6; João 17:3; I
Coríntios 8:4; I Timóteo 1:17; 2:5. E é irracional, ainda mais, assumir a
existência de uma pluralidade de deuses, quando um só explica todos os fatos.
Também as passagens que representam Deus como infinito e perfeito (Cf. Salmos
145:3; Jó 11:7-9; Mateus 5:47-48) e provas indiretas de Sua unidade; porquanto
infinidade e perfeição absolutas são possíveis a um só. Dois seres semelhantes
não podiam existir, pois um limitaria o
outro.
Que a
essência de Deus é homogênea, individida e indivisível, é uma inferência
necessária do fato que Deus é um espírito puro. Tudo quanto sabemos do espírito
nos compele a crer que sua essência é simples e não composta.
J. P.
Boyce dá as três seguintes razões para afirmar-se a unidade de Deus no sentido
em que a estamos agora discutindo:
"1. Porque a composição (ou um por junto)
envolve a possibilidade de separação, o que envolveria a destrutibilidade e
mutabilidade, cada qual inconsistente com a perfeição absoluta e a existência
necessária.
"2. A composição envolve um tempo de existência
separada das partes componentes". Isto necessitaria de um tempo em que as
partes existiram separadamente e, portanto, de um tempo em que Deus não
existiu, ou "quando Ele existiu imperfeitamente, não tendo ainda recebido
para Sua natureza essencial as adições feitas subseqüentemente, o que tudo é
inconsistente com a perfeição absoluta e a essência
necessária.
"3. Se as partes foram compostas, foram feitas
por alguma força de fora, ou tem sido um crescimento em Sua natureza". E
ambas essas idéias são inconsistentes com a perfeição absoluta e a existência
necessária.
Todavia, a unidade de Deus não impede Sua trindade e
Sua trindade não está de modo algum em discrepância com a Sua unidade. A
trindade, como veremos mais claramente depois, consiste de três distinções
eternas no mesmo ser e na mesma pura essência, distinções que nos são
apresentadas sob a figura de pessoas.
II. OS ATRIBUTOS DE DEUS
"O termo "atributo", diz J. M.
Pendleton, "na sua aplicação a pessoa ou coisas, significa algo
pertencente a pessoas ou coisas. Os atributos de uma coisa são tão essenciais a
ela que sem eles ela não podia ser o que é; o que é igualmente verdade dos
atributos de uma pessoa. Se um homem fosse despido dos atributos que lhe
pertencem, ele cessaria de ser um homem, pois esses atributos são inerentes
naquilo que o constitui um ser humano. Se transferirmos estas idéias a Deus, acharemos
que os Seus atributos lhe pertencem inalienávelmente e, portanto, o que Ele é
deve ter sido sempre. Os seus atributos são suas perfeições, inseparáveis de
Sua natureza e constituindo o Seu caráter" (Christian Doctrines, pág.
42).
J. P.
Boyce diz: "Os atributos de Deus são aquelas particularidades que marcam
ou definem o modo de Sua existência, ou que constituem o Seu caráter. Não são
separados ou separáveis de Sua essência ou natureza e contudo não são essa
essência, mas simplesmente fundamento ou causa de sua existência nela, e são ao
mesmo tempo as particularidades que constituem o modo e o caráter do Seu
ser" (Abstract of Systematic Theology, pág.
65).
"Os atributos de Deus", segundo definição
de A. H. Strong "são aqueles característicos distinguintes da natureza
divina inseparáveis da idéia de Deus e que constituem a base e o fundamento
para Suas várias manifestações às Suas criaturas. Chamamo-los atributos, porque
somos compelidos atribuí-los a Deus como qualidades ou poderes fundamentais do
Seu ser, para podermos dar conta racional de certos fatos constantes nas
auto-revelação de Deus" (Systematic Theology, pág. 115).
É
comum dividir-se os atributos de Deus em duas classes. Isto ajuda tanto à
memória como ao entendimento. A estas divisões deram-se vários pares de nomes,
tais como comunicável e incomunicável; imanente e transiente; positivo e
negativo; natural e moral; absoluto e relativo. Estas duas últimas
classificações foram adotadas nestes estudos.
1. ATRIBUTOS
ABSOLUTOS.
Os
atributos absolutos de Deus são aqueles que dizem respeito ao Seu Ser
independente de Sua aliança com qualquer outra
coisa.
(1)
Auto-existência.
O ser
de Deus é inderivado. Sua existência é auto-causada. Sua existência é
independente de tudo o mais. A auto-existência de Deus está implicada em o nome
"Jeová", que quer dizer "o existente" e também na expressão
"Eu sou o que sou" (Êxodo 3:14), que significa que SER é a natureza
de Deus.
A
eternidade de Deus, que figura na segunda classe de atributos, também implica
sua auto-existência. Se Deus existiu para sempre, então Sua existência é uma
auto-existência necessária, inderivada, autocausada. Auto-existência é um
mistério que é incompreensível ao homem; todavia, uma negação dela envolveria a
nós outros num maior mistério. Se não existe no universo alguma pessoa
auto-existente, então a ordem presente de coisas veio a existir do nada, sem
causa ou criador. Elas não podiam ter sido o produto de mera energia, porquanto
a energia é a propriedade tanto da matéria como da vida. E desde que a ciência
provou que a matéria não é eterna, cabe-nos assumir uma pessoa eterna e
portanto auto-existente como explicação da presente ordem de
coisas.
(2)
Imutabilidade.
Notai
as seguintes afirmações:
"Por imutabilidade definimos a Deus como
imutável na Sua natureza e nos Seus propósitos" (E. Y. Mullins, The
Christian Religion in its Doctrinal Expression, págs. 223, 224).
"Por imutabilidade de Deus defini-se que Ele é
incapaz de mudar, tanto na duração da vida, como em a natureza, no caráter, na
vontade ou felicidade. Em nenhuma destas, nem em nenhum outro respeito, há
qualquer possibilidade de mudança" (J. P. Boyce, Abstract of Systematic
Theology, pág. 73).
A
imutabilidade está implicada em infinidade e perfeição. Qualquer mudança, quer
para melhor, quer para pior, implica imperfeição e finidade tanto antes como
depois.
As
principais passagens que ensinam a imutabilidade geral de Deus são Salmos
102:27; Malaquias 3:6; Tiago 1:17.
As
seguintes passagens ensinam especificamente a imutabilidade da vontade de Deus:
Números 23:19; I Samuel 15:29; Jó 23:13; Salmos 33:11; Provérbios 19:21; Isaías
46:10; Hebreus 6:17.
As
passagens precedentes dão-nos declarações positivas e absolutas. Todas as
passagens que representam Deus como se arrependendo, tais como Gênesis 6:6,7;
Êxodo 32:14; I Samuel 15:11; Salmos 106:45; Amos 7:3; Jonas 3:10 e as que de
qualquer maneira parecem implicar ou sugerir qualquer mudança nos propósitos de
Deus, devem ser explicadas à luz delas. Estas últimas contêm
antropomorfismos.
Ao
comentar Êxodo 32:14, diz A. W. Pink: "Estas palavras não querem dizer que
Deus mudou de mente ou alterou Seu propósito, porque Ele é "sem variação
ou sombra de mudança" (Tiago 1:17). Nunca houve e nunca haverá a menor
ocasião de o Todo-Poderoso efetuar o mais leve desvio do Seu eterno propósito,
pois tudo foi a Ele pré-conhecido desde o principio e todos os Seus conselhos
foram ordenados por infinita sabedoria. Quando a Escritura fala de Deus
arrepender-se, ela emprega uma figura de retórica em que o Altíssimo
condescende em falar na nossa linguagem. O que se intenta pela expressão acima
é que Jeová respondeu a oração de um mediador
típico.
E,
sobre tais passagens, diz J. P. Boyce; "Pode ser asseverado que estas são
meramente antropomórficas, visando simplesmente a inculcar sobre os homens Sua
grande ira pelo pecado e Sua ardente aprovação do arrependimento daqueles que
tinham pecado contra Ele. A mudança de conduta no homens, não em Deus, mudará a
relação entre eles e Deus. O pecado os fizera suscetíveis do Seu justo desprazer.
O arrependimento os trouxera para dentro das possibilidades de Sua
misericórdia. Não os tivesse Ele tratado diferentemente, então teria havido uma
mudança n?Ele. Sua própria imutabilidade fá-lo necessário que Ele trate
diferentemente os que são inocentes e os que são culpados, os que se endurecem
contra Ele e os que se viram para Ele por misericórdia com corações
arrependidos" (Abstract of Systematic Theology, pág.
76).
Devemos do mesmo modo entender todas as alusões que
parece indicarem uma sucessão de emoções em Deus. Todas as emoções em Deus
existem lado a lado uma da outra no mesmo momento e assim tem sido desde toda a
eternidade. Ele se tem sempre agradado da justiça e desagradado do pecado. E
desde toda a eternidade conheceu toda a justiça e todo o pecado. O pecado expõe
o homem ao desprazer de Deus. A justiça o sujeita ao prazer de Deus. A passagem
do desprazer ao prazer de Deus efetua-se por uma mudança no homem e não em
Deus. O sol derrete a cera, mas, se a cera pudesse ser mudada em barro, o sol a
endureceria. Representaria isso qualquer mudança que fosse no
sol?
A
oração não muda Deus: ela muda-nos e as coisas e as circunstâncias com que
temos de tratar; mas não muda Deus. Jamais teremos a justa atitude para com
Deus enquanto pensarmos que a oração é um meio de alcançarmos de Deus o que Ele
não intentou fazer. Muito longe de a oração mudar a vontade de Deus, devemos
orar segundo Sua vontade, se esperarmos obter uma resposta. Diz-nos João:
"Esta é a confiança que temos nEle, que se pedirmos qualquer coisa segundo
Sua vontade, Ele nos ouve" (I João 5:14). É o Espírito Santo que nos faz
orar (Romanos 8:15; Gálatas 4:6), e é ao Espírito Santo que devêramos procurar
por direção nas coisas que pedimos (Romanos 8:26). A oração, então, é a obra de
Deus em nossos corações preparando-nos para o uso mais proveitoso e o desfruto
mais grato de Suas bênçãos. É a Sua própria chave com que Ele destranca os
diques do rio de Suas bênçãos. Nos sábios conselhos de Deus, antes da fundação
do mundo, Ele ordenou a oração como um dos meios de execução da Sua vontade. A
oração não muda Deus mais do que a fé do pecador arrependido muda Deus. Um e
outro são simplesmente meios na realização do propósito eterno e imutável de Deus.
(3). Santidade.
A
santidade de Deus é sua perfeita excelência moral e espiritual. Deus é
perfeitamente puro, impoluto e justo em Si mesmo. Santidade é o fundamento de
todos os outros atributos morais em Deus. A santidade de Deus tipificou-se nas
vestes imaculadas do Sumo Sacerdote quando ele entrou nos Santo dos
santo.
Diz
R. A. Torrey: "O sistema inteiro mosaico de lavagens; divisões do
tabernáculo; divisões do povo em israelitas comuns, levitas, sacerdotes e sumos
sacerdotes, a quem se permitiam diferentes graus de aproximação a Deus, sob
condições rigorosamente definidas; o insistir sobre sacrifícios como meios
necessários de aproximação a Deus; as direções de Deus a Moisés em Êxodo 3:5, a
Josué em Josué 5:15, o castigo de Usias em 2 Crônicas 26:16-26, as ordens
rigorosas a Israel sobre aproximarem-se do Sinai quando Moisés falava com Deus
- tudo visou a ensinar, acentuar e ferretear nas mentes e corações dos
israelitas a verdade fundamental que Deus é santo, irrepreensivelmente santo. A
verdade que Deus é santo é a verdade fundamental da Bíblia, do Velho e do Novo
Testamento, da religião judaica e cristã" (What The Bible Teaches, pág.
37).
As
seguintes passagens da Escritura são as principais a declararem a santidade de
Deus: Josué 24:19; Salmos 22:3; 99:9; Isaías 5:16; 6:3; João 17:11; 1 Pedro
1:15,16.
A
santidade de Deus fá-Lo aborrecer o pecado e, portanto, provoca Sua justiça, a
qual consideraremos sob os atributos
relativos.
2. ATRIBUTOS
RELATIVOS.
Os
atributos relativos de Deus são os que se vêem por causa da conexão de Deus com
o tempo e a criação.
(1)
Eternidade.
Isto
quer dizer que Deus não teve princípio e que Ele não pode ter fim. Quer dizer
também que Ele de modo algum está limitado ou condicionado pelo tempo. A. H.
Strong diz: "Deus não está no tempo. Mais correto é dizer que o tempo está
em Deus. Conquanto haja sucessão lógica nos pensamentos de Deus, não há
sucessão cronológica" (Systematic Theology, pág.
130).
Deus
vê os eventos como tendo lugar no tempo, mas desde toda a eternidade esses
eventos têm sido os mesmos para Ele como depois que aconteceram. A eternidade
tem sido descrita como segue: "A eternidade não é, como os homens crêem,
antes e depois de nós, uma linha sem fim. Não, é um circulo, infinitamente
grande, toda a circunferência com a criação aglomerada; Deus reside no centro,
contemplando tudo. E, ao passo que nos movemos nesta eterna volta, a porção finita
que só vemos, atrás de nós está o passado; o que nos fica adiante chamamos
futuro; mas para Ele que reside no centro, igualmente afastado de todo o ponto
da circunferência, ambos são iguais, futuro e passado" (Murphy, Scientific
Basis, pág. 90).
(2)
Onipresença.
Por
onipresença de Deus quer dizer-se que Deus está presente no mesmo momento em
toda a Sua criação.
A
onipresença de Deus está bela e incisivamente declarada no Salmos 139:7-10 e em
Jeremias 23:23,24.
Aquelas passagens que falam de Deus como estando
presente em lugares especiais são para se entenderem como referindo-se a
manifestações especiais e transcendentais de Deus. Assim se fala de Deus como
uma habitação no céu, porque é lá que Ele faz a maior manifestação de Sua
presença.
(3)
Onisciência.
Desde
toda a eternidade Deus possuiu todo o conhecimento e sabedoria. João declara
que Deus "conhece todas as coisas" (1 João 3:20). A onisciência de
Deus pode ser argüida de Sua infinitude. Em toda a parte da Escritura Ele está
retratado como um ser infinito. Assim Seu conhecimento deve ser infinito. A
onisciência pode ser também argüida da imutabilidade. Se Deus não muda, como a
Escritura declara, então Ele deve ter possuído todo conhecimento desde o
princípio; doutra sorte Ele estaria aprendendo continuamente e isso por si
mesmo constituiria uma mudança nEle e conduziria necessariamente ainda a mais
mudanças manifestas.
Mais
ainda: a necessidade de onisciência da parte de Deus pode ser vista em Efésios
1:11, a qual diz que Deus "Opera todas as coisas segundo o conselho de Sua
própria vontade". Só um ser onisciente podia operar todas as coisas
segundo o conselho de sua própria vontade.
(4)
Onipotência.
Deus
possui todo o poder. Em Gênesis 17:1 Deus declara: "Sou um Deus
Todo-poderoso". Este título se aplica a Ele vezes sem conta na Escritura.
Significa este título que Ele possui toda potência ou força. Lemos de novo em
Mateus 19:26: "Com Deus todas as coisas são possíveis". Muitas outras
passagens declaram a onipotência de Deus.
A
onipotência de Deus não significa, sem duvida, que Ele pode fazer coisas que
são logicamente absurdas ou coisas que são contra a Sua própria vontade. Ele
não pode mentir, porque a santidade do Seu caráter obsta a que Ele queira
mentir. E Ele não pode criar uma rocha maior do que Ele pode erguer; nem tanto
uma força irresistível como um objeto inamovível; nem Ele pode traçar uma linha
entre dois pontos mais curta do que uma reta; nem botar duas montanhas
adjacentes uma à outra sem criar um vale entre elas. Ele não pode fazer
qualquer dessas coisas porque elas não são objetos de poder: são
autocontraditórias e logicamente absurdas; violariam as leis de Deus por Ele
ordenadas e O fariam atravessar-se a Si mesmo.
(5) Veracidade.
Por
veracidade de Deus quer dizer-se Sua veracidade e fidelidade na Sua revelação
às suas criaturas e no trato com elas em geral, em particular com o Seu povo
redimido.
Algumas das passagens que estabelecem a veracidade
de Deus são: João 9:33; Romanos 1:25; 3:4; 1 Coríntios 1:9; 2 Coríntios 1:20; 1
Tessalonicenses 5:24; Tito 1:2; Hebreus 6:18; 1 Pedro
4:19.
(6)
Amor.
Usa-se na Bíblia o amor em diferentes sentidos
quando atribuídos a Deus nos Seus tratos com Suas criaturas. Algumas vezes
refere-se a mera bondade na concessão de benefícios naturais sobre todos os
homens (Salmos 145:9; Mateus 18:33; Lucas 6:35; Mateus 5:44,45). O amor
redentor de Deus, por outro lado, é soberano, discriminante e particular. Ele
diz: "Amei a Jacó e detestei a Esaú" (Romanos 9:13). E de Deus se
declara enfaticamente: "Detestas a todos os obradores de iniqüidade"
(Salmos 5:5).
(7)
Justiça.
A
justiça de Deus está ensinada em Gênesis 18:25; Deuteronômio 32:4; Salmos
7:9-12; 18:24; Romanos 2:6.
Foi a
justiça de Deus que fez necessário Cristo morrer para que os homens pudessem
ser salvos. A justiça de Deus torna impossível Deus deixar que o pecado passe
impune. A morte de Cristo tornou possível que Ele fosse justo e contudo
justificador de pecadores crentes (Romanos
3:26).
No
sacrifício de Jesus cumpriu-se a Escritura que diz: "A misericórdia e a
verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram" (Salmos
85:10).
A
salvação dos crentes é um ato de graça para com eles; contudo, é um ato de justiça
a Jesus Cristo que morreu em lugar de todos que
crêem.
Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte:
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
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